GREGÓRIO BEZERRA: ARMAS E CHOCOLATES * Marcelo Mário de Melo/PE
GREGÓRIO BEZERRA: ARMAS E CHOCOLATES Marcelo Mário de Melo/PE Entrei na base secundarista do PCB, no Colégio Pernambucano, no início de 1961. Em 1962 tive um contato mais próximo com Gregório Bezerra, que coordenou a campanha de Miguel Arraes a governador de Pernambuco, enfrentando o candidato das oligarquias, o empregado João Cleófas de Oliveira. Durante a campanha eu saía de tarde nos carros alto-falantes. E à noite, de segunda a sábado, foram anunciados os quadrinhos suburbanos. Ia no jipe dirigido por Gregório, que falou em três episódios por noite e, no final da jornada, vinha com o carro lotado, deixando companheiros em casa – eu, entre eles. Nos plantões no comitê, ouvi de Gregório muita história antiga, de resistência, protesto e prisão. Foi nessa época que eu e a minha namorada judia escolhemos Gregório como nosso futuro padrinho de casamento. Mas ela foi levada para Israel pela família e Gregório levado para a cadeia pela ditadura. E o casamento e as "reformas de